ADEUS, CHIQUINHO

ADEUS, CHIQUINHO, MEU INESQUECÍVEL COMPANHEIRO CANINO (DOR, SAUDADE, TRISTEZA)

Em algum momento da noite de 12 para 13 deste mês de agosto, internado em uma clínica veterinária, despediu-se da vida, como que abandonado e sem a minha companhia, o Chiquinho, meu leal companheiro durante mais de dezoito anos.

Ganhei-o ainda filhotinho, mais ou menos em 1998, com apenas dois ou três meses de idade, da amiga Fátima, que o carregou escondido na bolsa, durante o longo percurso de ônibus, em várias escalas, desde a sua origem no Jardim Paulistano/Freguesia do Ó, onde ele nasceu, até a casa da rua Lopes Chaves, na Barra Funda, onde eu morava.

Em meio ao incômodo dos processos judiciais que enfrento há mais de quinze anos, ajuizados pelos ora foragidos diretores da falida FPX – Federação Paulista de Xadrez, porque os desmascarei como falsários achacadores (alegam “danos morais”, esses gatunos que forjaram uma ata de fictícia reunião extraordinária de diretoria da FPX, com o objetivo de extorquir-me “algum” ($$$) como antegozavam durante as festivas churrascadas na chácara do gatuno-mor José Alberto Ferreira dos Santos, lá em Americana – SP), com tudo isso, ainda sofrendo sucessivas penhoras, nunca recuperadas, de meus saldos bancários, dessa forma sobre carregado, não dispensei ao Chiquinho a atenção que ele merecia, nos seus derradeiros dias de vida. Como deve ter sofrido o coitadinho!

Perdoe-me, inesquecível Chiquinho.

Assim cantava a Inezita Barroso: “lampião de gás, lampião de gás/quanta saudade você me traz”.

Assim eu choro: “Chiquinho da paz, Chiquinho da paz/quanta falta você me faz”.

Desde muito tempo, mas muito tempo mesmo, já passa mais de uma década, a falida e desintegrada FPX – Federação Paulista de Xadrez não realiza nem reuniões de diretoria (para evitar perdas, pois ali cada diretor só pensava em afanar a carteira do outro, recheada de dinheiro desviado dos cofres públicos), nem assembleias de clubes (não existem mais clubes exclusivos de xadrez; só pequenas seções, em alguns grandes clubes de múltiplas modalidades desportivas).

O gatuno-mor José Alberto Ferreira dos Santos e os seus sabujos da FPX evaporaram; talvez circulem disfarçados, com medo ou vergonha de serem reconhecidos.

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TRÊS PESOS E TRÊS MEDIDAS

A imprensa informa de maneira desigual, em tempo e espaço, três assuntos: 1) os bens supostamente pertencentes ao ex-presidente Lula; 2) a fortuna real em nome do Michelzinho, filho do “presidente” em exercício; 3) o apartamento de alto valor, na Espanha, “doado” por outro ex-presidente a um jovem não muito jovem filho da outra.

Vira e mexe, para desviar a atenção das trampolinagens de figurões de todos os níveis e poderes, pegam no pé do ex-presidente Lula, atribuindo-lhe, sem provas concretas, a propriedade de um sítio em Atibaia e de um tríplex no Guarujá. Cadê as escrituras em nome dele? Se têm certeza do emprego de “laranjas” para encobrir a identidade do verdadeiro proprietário, então que os processem por falsidade ideológica, para ver no que dá.

Pouco, porém, se falou sobre a fortuna do Michelzinho, gênio das finanças aos sete aninhos de idade. Com certeza, herdou o talento do pai, o temerário Michelzão: filho de peixe, peixinho é…

Quase nada apareceu a respeito do felizardo dono de um belíssimo apartamento caído do céu, na Espanha, segundo as más línguas, suposto filho de uma suposta amante de um ex-presidente supostamente chantageado.

Se confrontados, os citados bens reais do Michelzinho e do Nandinho, adquiridos certamente com dinheiro honesto acima de qualquer suspeita, valem tanto ou até mais do que os imóveis que querem dar ao ex-presidente Lula.

Demagogia e hipocrisia!

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ALGUMAS DESCONFIANÇAS, DÚVIDAS E IMPLICÂNCIAS DE UM OCTOGENÁRIO RABUGENTO JÁ MAIS PRA LÁ DO QUE PRA CÁ

1) O homem chegou mesmo a pisar na Lua?

Gosto do feitiço da lua cheia. Do enternecedor Luar do Sertão, de Catulo da Paixão Cearense que não era do Ceará, “a gente pega na viola que ponteia/e a canção é a lua cheia/a nos nascer do coração”.

2) Por que paraolímpico, para alguns é paralímpico?

Até a denominação está sendo amputada. Se existisse, por exemplo, atendimento paraodontológico, seria elegante, quem sabe, extrair a letra “o” como se fosse um dente cariado, e escandir “paradontológico”.

3) O petróleo é inesgotável?

O espaço aliviado talvez seja logo preenchido, e assim não resta nenhuma buraqueira (lembrei-me do buracômetro da Band News FM) no miolo do planeta, capaz de provocar terremotos devastadores…

4) O concurso de Miss Universo é justo?

A diversidade de tipos raciais é grande, e cada um tem a sua beleza própria. Assim como na variedade de frutas, não parece correto deduzir que uma banana é mais bonita do que uma laranja, ou de que uma uva é melhor do que uma melancia. Errei na comparação, devo ater-me a espécimes do mesmo gênero: banana-maçã, banana-nanica, banana-ouro, qual é a mais gostosa? Depende de quem julga, ou de quem prova a fruta.

5) Assassinato, por exemplo, pode comportar duas definições, dependendo de quem o comete; então, pode-se dizer que crime monstruoso e mero ato infracional são expressões sinônimas?

O benevolente “parâmetro etário”, nem sempre verdadeiro (a certidão de nascimento esconde muita coisa), um dia a mais ou um dia a menos, faz a “justiça”. Um peixe só é peixe dentro d´agua, fora deve ser algo diferente que não sei como batizar.

6) Por que as taxas de pedágio são fracionadas, e não redondas? $ 14,70, $ 13,40?

Alguém lucra com isso. A maioria dos usuários não espera o troco de alguns centavos.

7) E a mania dos preços, tudo termina em $ 0,99 a unidade, por que essa bobagem?

Quero ver alguém exigir o troco de um centavo.