DIVAGAÇÕES DESCONEXAS

DIVAGAÇÕES DESCONEXAS

 

É mentira, ou é verdade, que os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os supremos ministros, condenaram o Estado a indenizar presidiários, pelo “desumano tratamento” que eles estariam sofrendo?

Creio ter lido algo parecido, em algum jornal.

Quanta ternura no coração judiciário!

Será que algum desses piedosos ministros do STF, tão sensíveis aos direitos humanos dos criminosos encarcerados, será que algum deles, por acaso, já pensou alguma vez nas pessoas paupérrimas porque honestas e não criminosas, que sobrevivem em condições desumanas nas favelas batizadas de “comunidades”, carentes de serviços básicos como água encanada e esgoto, desassistidas, esquecidas e ignoradas pelos poderes de todos os níveis? Será?

Quem se preocupa com essa pobre gente?

O STF parece estar subordinado ao PCC e outras organizações congêneres.

As condições carcerárias podem não ser confortáveis, mas também não são tão desumanas como entendem os piedosos ministros.

Querem cadeia com instalações de Hotel 5 Estrelas?

Com as vítimas e seus familiares, não se preocupam; que se lixem. É isso, doutores?

Na cadeia, os presos não trabalham (ou trabalham?), mas têm cama e mesa (melhor do que teriam em casa), tudo bancado pelos impostos recolhidos da população honesta, trabalhadora e vítima deles, os criminosos presos.

Se há alguns milhares de criminosos encarcerados e “apreendidos” (os “de menor”, vulgo “infratores”), há muito mais milhares, e põe milhares nisso, de criminosos soltos, matando e roubando à vontade (concorrência desleal a muitos políticos).

Os criminosos agem sem receio, porque sabem que as vítimas, mesmo tendo condições, estão proibidas de reagir, por decreto dos especialistas em segurança: “não reaja em hipótese alguma ao senhor bandido; entregue-lhe tudo o que tiver no momento, e peça desculpas por não ter mais nada a lhe entregar”.

Essas autoridades são mesmo muito sensatas; não quer dizer que elas jogam no time da bandidagem…

Já a Polícia Militar está de mãos atadas.

Policiais militares são diariamente assassinados por bandidos, em todo o país.

Porém, quando alguns bandidos morrem em confronto armado com a polícia, segundo o noticiário, parecem inocentes “assassinados pela polícia violenta”!

 

TORCIDA ÚNICA NOS ESTÁDIOS

A imposição de uma torcida única, que permite o ingresso somente de torcedores do clube mandante (aquele que joga em seu próprio estádio), foi a tão “inteligente” quanto cômoda solução encontrada por dirigentes da FPF ou pela polícia, para coibir confusão e brigas.

Quem garante que cada portador de ingresso é realmente torcedor do clube? Exigem, na portaria, a apresentação da carteira de sócio do clube?

A imposição é, na verdade, uma medida arbitrária e pouco inteligente: antidemocrática e cerceadora de direitos.

Uma violência contra o direito de comparecer a um espetáculo esportivo nada violento, ao contrário do brutal MMA.

Adultos e crianças, torcedores ou não, que procurem outra forma de lazer. É isso?

Que culpa têm essas pessoas pacatas que só buscam um lazer saudável, se as chamadas “torcidas organizadas” desfrutam do privilégio de ocupar áreas reservadas, se no meio delas surgem vândalos?

Torcedores deveriam ficar espalhados pelas arquibancadas, acomodados nos lugares correspondentes aos ingressos numerados, e não concentrados em áreas especiais.

Será que numa guerra de verdade, contra inimigos estrangeiros bem armados, os nossos arruaceiros seriam tão corajosos como parecem ser, nos estádios? Duvido. Sairiam correndo com as calças borradas, com certeza.

Se algum “torcedor” promover tumulto, que seja detido pela segurança (os clubes deveriam ter segurança própria, sem depender da PM), e conduzido a uma DP, trancafiado numa cela com outros bandidos, e só libertado no dia seguinte.

Os vândalos, quando em bando, são valentões e não respeitam nem a polícia.

Policiais podem ser agredidos, mas quando reagem em legítima defesa, são chamados de agressores covardes…

 

AINDA A REPRESSÃO AO MOTIM DO CARANDIRU

Até hoje, decorrido um quarto de século, defensores dos direitos humanos de bandidos insistem na condenação dos policiais militares que impediram a fuga de centenas, talvez milhares, de presidiários.

Se não tivessem feito nada para impedir a fuga, teriam sido da mesma forma condenados por seus inimigos, desta vez por “omissão”, “negligência”, “cumplicidade” e “covardia”.

Quais teriam sido as consequências de uma fuga em massa dos presos ensandecidos?

111 (cento e onze) rebelados morreram, muitas dessas mortes decorrentes de brigas entre eles; mas quantos inocentes nas ruas e em suas casas, não teriam sido vítimas de assaltos, agressões e até assassinatos por parte dos fugitivos? Afinal, eles precisavam de dinheiro.

Por cumprir o seu dever, com honestidade e coragem (autorizado pelo então Secretário da Segurança Pública, Dr. Pedro Franco de Campos), o comandante da operação, o saudoso Coronel UBIRATAN GUIMARÃES, foi condenado por uma “autoridade” energúmena amiga de criminosos, a uma pena irreal de quase 700 (setecentos) anos de prisão!!!

 

WHY? UAI! —– UAI? WHY!

Não saem desse “diálogo”. Não se entendem.

Um mineirinho perdido lá nos Estados Unidos, e um gringo americano passeando aqui no interior de Minas Gerais.

Só falta alguém entender “uai”como Houaiss, e o outro responder Aurélio…

 

POLICIAMENTO E FISCALIZAÇÃO

O trabalho policial (Polícia Federal e as Polícias Militar e Civil estaduais e municipais) e o trabalho fiscal (Receita Federal e Secretarias de Finanças estaduais e municipais) são incompreendidos e criticados, quando rigorosamente executados.

Essas atividades são ao mesmo tempo heroicas e ingratas, odiadas e invejadas.

Heróicas pelos riscos que enfrentam, e ingratas pela falta de reconhecimento da população.

Odiadas pelos desonestos que temem a sua descoberta, e invejadas pelos honestos que também gostaria de combater as bandalheiras.

É fato que em qualquer categoria profissional, por menor que seja a quantidade de seus integrantes, sempre pode haver um que destoa do conjunto, por prevaricação.

Porém, quando descoberto, é julgado, expulso da corporação e ainda pode pegar uma cana sentida.

As Corregedorias policiais e fiscais (ao contrário do corporativismo judiciário) não botam panos quentes, atuam com imparcialidade, doa a quem doer (“duela a quién duela”, como declarou certa vez um ex-presidente fanfarrão).